"A harmonia é a linha de conduta da qual toda ação humana deve proceder" - Confúcio
"A suavidade de todas as coisas anula a dureza de todas as coisas" - Lao Tzu

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O homem do Sol e o homem da Lua

O Humanóide está perdido na vida. Está sendo enganado por seus vícios que satisfazem sua vontade passageira e que depois o abandona, deixando um espaço vazio onde antes era alimentado com amor tudo aquilo que se tinha. Mas todo esse amor foi rejeitado pelo Humanóide, não que tenha sido sua culpa, mas talvez de todas as vontades falsas que lhe são atribuídas nesta vida, as quais ele segue a risca, se perdendo num labirinto onde a dúvida lhe consome e lhe enche de temor e insegurança. Este homem olha somente para a Lua, pois sua retina não arde no primeiro olhar e este corpo celeste é bonito para sua apreciação. Justamente por não precisar fazer esforço algum para olhar é que vai se apegar no comodismo; e a Lua vai ser para o resto de sua vida, aqui na Terra, sua única fonte que ilumina tão fracamente a escuridão e não dá cor radiante aos corpos.

É que o Humanóide não sabe que a Lua, seu mundo, tem uma luz falsa, pois não é fonte de nada, apenas reflete a luz real de um outro corpo autêntico e mais belo, mais forte e radiante, que ilumina e alimenta todas as verdades da vida. A Lua apenas imita, sem sucesso, uma beleza que dá vida às leis do Universo. Mas ela é falsa e maliciosa, pois manipula e controla, acomoda para depois rebaixar a moral das pessoas. Ela é egoísta, egocêntrica e covarde, e ainda assim persuade os mais fracos. Por isso o Humanóide, o fraco, é o homem da lua, o lunático.

O homem lunar recusa o Sol, não olha para ele, nem se quer faz algum esforço para enxergá-lo. Tudo porque a luz do Sol queima a retina do homem lunático que não se permite olhar por um instante, para então ver todo o resto que é abrangido por este Astro. Porque o homem lunar é fraco e acomodado, abraçado nas tentações que tanto o destrói sem que se perceba. Ele desdenha o homem solar. Mas na verdade, o que lhe falta são oportunidades de conhecer uma natureza fantástica que está sendo tão coberta por outros lunáticos.

O homem do Sol é aquele que um dia resolveu olhar para o Astro tão luminoso. Sua retina ardeu, mas o homem insistiu em conhecer aquele corpo tão belo e que ocultava algo que poderia ser ainda mais esplendido e, por certo, a fonte da luz que é o pai de toda cor. Seus olhos doeram muito, mas quando enxergou tudo o que antes não podia ver, entregou-se a tão espetacular mundo colorido, pois a beleza descoberta o trouxe uma sensação de prazer imenso, felicidade e disposição; e seus olhos, que antes estavam ardendo, agora estavam cheios de uma luz densa que se compõe de amor. O amor, fonte de tudo que lhe dá prazer sem fim, o fez olhar e enxergar todo o Sistema Solar, tudo o que é iluminado e tudo o que da forma ao Sol. Ele viu que a luz desta fonte tão incrível dá cor a todos os corpos e, por isso, ele fazia parte deste Astro. Também ficou sabendo que a luz do Sol é infinita, pois ela viaja expandindo o universo sem que nada a apague. Enfim, sua alegria eterna é sua gratidão.

Por fim, hoje, o homem solar conhece este universo, até onde sua vista alcança aqui da Terra e tem absoluta certeza de que nada pode ser mais real do que isto, pois tudo é tão claro e distinto. Ele conhece a si mesmo como uma pequena parte do Sol, mas com um consciente enorme, que cresce ainda mais e que é capaz de compreender o infinito e usufruí-lo com imenso prazer quando se tornar uma fonte de Luz tão forte quanto o Sol .

Contudo, o homem solar sentiu uma tristeza ao ver o lunático tão perdido e sofrendo. Foi tentar ajudar, mas o Humanóide não aceitou, riu do homem do sol e disse que não tinha razão de olhar para um astro que machucava tanto os olhos. Que toda a revelação que o homem solar teve não se passava de fruto da imaginação. O Humanóide ignorou e ironizou o homem do sol e continuou sua vida mesquinha e ofusca diante da escuridão.

O homem solar respeitou, se afastou mas continuou atento à um chamado. Pois o homem do sol nunca irá impor, mas sempre mostrar caminhos para o Humanóide, para que um dia, finalmente, o lunático aceite a estrada aberta e que, com um pequeno esforço de olhar para o Astro, percorra o caminho chegando até a fonte da luz eterna. Assim, é certo que, querendo ou não, o homem da Lua, tão logo ou tão tarde, um dia vai se mudar para o Sol.

3 comentários:

Douglas Tedesco disse...

Daê raáz,
putz nem vi nada não... nunca mais entrei na comunity da sala, vou lá ver...
É realmente bastante interessante, incentiva e nos fazer conhecer as mentes a nossa volta! òtima idéia, comecei pelo seu, hehe.
Abraço, valeu pela dica, até!

¬¨¨Y£§¨¨{G|Ld@§L|M}¨¨Y³4¨¨D£L|¢|@¨¬ disse...

OO, Nondilo, Gostei do seu texto só notei um erro de concordancia, mas isso não tira a excencia do seu texto que por hora achei ele um tipo de conto. Interessante.
ah, sobre o seu comentário do texto comparativo entre o Lula e o Hitler. Com certeza o Lula não é o hitler, o leo..., quiz publicá-lo por causa da data que foi enviado para mim, faz quase 2 anos.
olha leo, eu posso estar enganada quanto o governo Lula, mas o que penso sobre, é que nao correspondeu as minhas expectativas. não posso julga-lo muito pois no 1° turno votei para a Luiza helena e no 2° para o Tucano, mas taí, já não concordava com suas atitudes desde o primeiro mandato.
Pode ser uma sátira? pode. pode ser exagero? pode. pode ser tudo, depende de quem interpreta.
Beijos.

Daniel Pearl Bezerra disse...

Leonardo Nondilo, gostei do blog, diferente e harmonioso, o Homem sendo respeito juntamente com o Planeta em ele vive. Coloquei seu endereço na lista de links do blog DESABAFO PAÍS(BRASIL), um fraterno abraço, Daniel Pearl Bezerra de Oliveira - editor.