"A harmonia é a linha de conduta da qual toda ação humana deve proceder" - Confúcio
"A suavidade de todas as coisas anula a dureza de todas as coisas" - Lao Tzu

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O homem do Sol e o homem da Lua

O Humanóide está perdido na vida. Está sendo enganado por seus vícios que satisfazem sua vontade passageira e que depois o abandona, deixando um espaço vazio onde antes era alimentado com amor tudo aquilo que se tinha. Mas todo esse amor foi rejeitado pelo Humanóide, não que tenha sido sua culpa, mas talvez de todas as vontades falsas que lhe são atribuídas nesta vida, as quais ele segue a risca, se perdendo num labirinto onde a dúvida lhe consome e lhe enche de temor e insegurança. Este homem olha somente para a Lua, pois sua retina não arde no primeiro olhar e este corpo celeste é bonito para sua apreciação. Justamente por não precisar fazer esforço algum para olhar é que vai se apegar no comodismo; e a Lua vai ser para o resto de sua vida, aqui na Terra, sua única fonte que ilumina tão fracamente a escuridão e não dá cor radiante aos corpos.

É que o Humanóide não sabe que a Lua, seu mundo, tem uma luz falsa, pois não é fonte de nada, apenas reflete a luz real de um outro corpo autêntico e mais belo, mais forte e radiante, que ilumina e alimenta todas as verdades da vida. A Lua apenas imita, sem sucesso, uma beleza que dá vida às leis do Universo. Mas ela é falsa e maliciosa, pois manipula e controla, acomoda para depois rebaixar a moral das pessoas. Ela é egoísta, egocêntrica e covarde, e ainda assim persuade os mais fracos. Por isso o Humanóide, o fraco, é o homem da lua, o lunático.

O homem lunar recusa o Sol, não olha para ele, nem se quer faz algum esforço para enxergá-lo. Tudo porque a luz do Sol queima a retina do homem lunático que não se permite olhar por um instante, para então ver todo o resto que é abrangido por este Astro. Porque o homem lunar é fraco e acomodado, abraçado nas tentações que tanto o destrói sem que se perceba. Ele desdenha o homem solar. Mas na verdade, o que lhe falta são oportunidades de conhecer uma natureza fantástica que está sendo tão coberta por outros lunáticos.

O homem do Sol é aquele que um dia resolveu olhar para o Astro tão luminoso. Sua retina ardeu, mas o homem insistiu em conhecer aquele corpo tão belo e que ocultava algo que poderia ser ainda mais esplendido e, por certo, a fonte da luz que é o pai de toda cor. Seus olhos doeram muito, mas quando enxergou tudo o que antes não podia ver, entregou-se a tão espetacular mundo colorido, pois a beleza descoberta o trouxe uma sensação de prazer imenso, felicidade e disposição; e seus olhos, que antes estavam ardendo, agora estavam cheios de uma luz densa que se compõe de amor. O amor, fonte de tudo que lhe dá prazer sem fim, o fez olhar e enxergar todo o Sistema Solar, tudo o que é iluminado e tudo o que da forma ao Sol. Ele viu que a luz desta fonte tão incrível dá cor a todos os corpos e, por isso, ele fazia parte deste Astro. Também ficou sabendo que a luz do Sol é infinita, pois ela viaja expandindo o universo sem que nada a apague. Enfim, sua alegria eterna é sua gratidão.

Por fim, hoje, o homem solar conhece este universo, até onde sua vista alcança aqui da Terra e tem absoluta certeza de que nada pode ser mais real do que isto, pois tudo é tão claro e distinto. Ele conhece a si mesmo como uma pequena parte do Sol, mas com um consciente enorme, que cresce ainda mais e que é capaz de compreender o infinito e usufruí-lo com imenso prazer quando se tornar uma fonte de Luz tão forte quanto o Sol .

Contudo, o homem solar sentiu uma tristeza ao ver o lunático tão perdido e sofrendo. Foi tentar ajudar, mas o Humanóide não aceitou, riu do homem do sol e disse que não tinha razão de olhar para um astro que machucava tanto os olhos. Que toda a revelação que o homem solar teve não se passava de fruto da imaginação. O Humanóide ignorou e ironizou o homem do sol e continuou sua vida mesquinha e ofusca diante da escuridão.

O homem solar respeitou, se afastou mas continuou atento à um chamado. Pois o homem do sol nunca irá impor, mas sempre mostrar caminhos para o Humanóide, para que um dia, finalmente, o lunático aceite a estrada aberta e que, com um pequeno esforço de olhar para o Astro, percorra o caminho chegando até a fonte da luz eterna. Assim, é certo que, querendo ou não, o homem da Lua, tão logo ou tão tarde, um dia vai se mudar para o Sol.

sábado, 22 de setembro de 2007

ONU aprova a Declaração Universal dos Direitos Indígenas

No dia 13 de setembro de 2007 a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a Declaração Universal dos Direitos Indígenas com o voto afirmativo de 143 Nações, inclusive o nosso Brasil. No entanto, é preciso destacar que quatro países, EUA, Canadá, Nova Zelândia e Austrália foram contra, e 11 países entre os quais Colômbia, Nigéria, Quênia e Rússia se abstiveram.
Como afirmou o Secretário Geral da ONU, o Coreano Mr. Ban Ki-Moon após a aprovação: “Foi um triunfo dos Povos Indígenas de todo o Mundo”. Foram 22 anos de lutas dentro da ONU em Genebra e Nova Iorque, onde lideranças indígenas se mantiveram firmes na busca desse objetivo de reconhecimento da ONU de que os Povos Indígenas vivem, sobrevivem e querem ser tratados com dignidade diante de um mundo que precisa corrigir suas distorções e controvérsias, principalmente sobre uma relação sustentável com o meio ambiente e a necessidade de geração de investimentos onde os lucros não sejam apenas monetários, mas de uma vida com qualidade e soberania.Vale a pena destacar que as lideranças indígenas brasileiras também tiveram papel destacado na participação dos processos seja junto aos diplomatas e Embaixadores do Itamaraty ou nos conclaves internacionais indígenas com base no espírito da terra como bem comum e legado do grande Criador e suas riquezas naturais, culturais e espirituais e os conhecimentos tradicionais, espirituais e sagrados. Os articuladores indígenas salientam que as missões diplomáticas do Brasil em Genebra ou Nova Iorque junto a ONU se abriram devido à visão e sensibilidade de pessoas como Celso Lafer, Ronaldo Sardemberg, Celso Amorim, Maria Luiza Viotti, Antonio Pedro e suas equipes que compreenderam o papel de liderança de um País megadiverso como o Brasil, respaldado por quase 15% do território nacional como Terras Indígenas, 220 Povos e 180 línguas vivas.
Houve uma pausa entre o Grupo de Trabalho e a Assembléia Geral nos últimos seis meses quando os países africanos pediram vistas no processo de Declaração e diversos lideres indígenas se sentiram impotentes diante de argumentos jurídicos e políticos. Como nos ritos de passagens foi importante esse intervalo para que esses mesmos lideres indígenas voltassem a considerar que a força indígena como força da terra, é espiritual, força essa que o mundo do homem branco não conhece, nunca reconheceu e que fará falta na construção de novas etapas sócio-ambientais da modernidade e as mudanças climáticas.
Agora, após a celebração dessa vitória graças ao protagonismo indígena, o reconhecimento a coragem, a persistência e a dedicação de todos os lideres que exerceram algum papel nessa conquista como aqueles que primeiros chegaram na sede da ONU em Genebra, aqueles que escreveram a Declaração da Kari-Oca na Rio-92, aqueles que compuseram e compõem o Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, e irmãos brasileiros como Eliane Potiguara, Mirian Terena, Azelene Kaingang e Marcos Terena, que em diversos momentos souberam se articular e mostrar que os valores indígenas brasileiros nascem do coração da terra e do coração dos Ancestrais Indígenas, “caminhar em direção ao futuro, nos rastros de nossos antepassados!”
COMITÊ INTERTRIBAL - ITC

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Um convite aos parceiros e parceiras

A filosofia está presente em minha vida. Depois de um tempo sem ir nas aulas de Gnosis, pude novamente participar de uma hoje. Provavelmente vocês não conhecem esta escola, mas posso resumi-la, no máximo, chamando-a de Filosofia da Vida.
Podemos ver que a Filosofia ensinada nas escolas e universidades, no geral, tratam principalmente da filosofia de Platão, Sócrates, Aristóteles, Epicuro, enfim, filosofias que aprendemos e podemos aplicar em nossa vida. Ao nosso conhecimento limitado ainda podemos reparar que existem crenças e filosofias como o espiritismo, o budismo, Hare Krishna, etc., que buscam o conhecimento do ser baseando-se em técnicas de meditação, mantra, respiração, controle das emoções, da mente e do corpo. A partir destes, notamos os monges, os iogues e os faquires; pessoas que buscam o tal conhecimento e as técnicas que citei. Também sabemos que há tantas religiões, fundamentadas num único livro que é a Bíblia, mesmo que estas religiões se consideram distintas, talvez pelas várias formas de interpretação do livro sagrado que conta a história do maior líder da humanidade e o maior exemplo para nossa vida: Jesus Cristo.
Cautelosamente, afirmo que a Gnosis observa estas filosofias e ainda vai além, buscando o conhecimento verdadeiro, a sabedoria Universal, a partir do auto-conhecimento. Que esta escola do conhecimento da vida raciocína e relaciona todas as filosofias e religiões que são divididas, concluindo que o principal propósito, busca, entre elas é o mesmo. Que elas têm, sim, este ponto em comum que é a fé, de compreender a Deus e a Santíssima Trindade, ainda que muitas pessoas não entendam tal relação.
Admito que acabo aqui minha explicação muito verosímil sobre esta filosofia de vida, a fim de não ser mal entendido - se é que não fui ainda - pois não é a ocasião correta para entrar em discussões mais profundas, delicadas e provocantes. Não quero contestar a crença de ninguém, ao contrário, quero compreendê-la. A Gnosis não contesta, muito menos critíca e condena os religiosos, apenas observa, estuda e experimenta para comprovar. Ela usa da lógica e da prática para encontrar a razão. E é por isso que confio neste estudo analítico, pois penso que devemos considerar todos, e a partir de todos buscar um conhecimento que comprova a existência da nossa essência, através do experimento, pois só podemos confirmar quando comprovamos pessoalmente.
Hoje, então, saí da aula de Gnosis repleto de felicidade, num prazer imenso pela vida, pelas pessoas e pela luta por uma sociedade cada vez melhor. Cheguei em casa e não pude evitar de registrar, no meu blog, meu contentamento e a decisão que tomei. Por isso, antes de expandir minhas explicações sobre esta filosofia, o que seria impossível por falta de experiência, vou aprender ainda mais, despertar minha consciência, experimentar tudo o que for possível e reforçar meus argumentos, para em nenhum momento equivocar-me diante dos meus parceiros de vida. Reconheço que me falta muito conhecimento e sabedoria. Falta observar e corrigir meus defeitos e enganos que tanto me impedem de crescer. Vou primeiramente procurar e encontrar o melhor método para fazer isso. Vocês são meus irmãos e por isso não quero seguir sozinho. Quero estar ao lado de cada um para caminharmos juntos, compartilhando ensinamentos e aprendizados, corrigindo erros e aplicando novidades, para então evoluirmos.
Assim, inicio minha busca pela verdade e pela extrema felicidade irreversíveis, convidando todos a virem juntos, e aceitando seus convites para conhecer também seus caminhos e suas crenças. Mas lembrem-se, todos temos a capacidade de mudar o que já nos foi imposto, assim como temos o livre-arbítrio.
É isso, com Deus no coração, conto com vocês!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Jornalismo para uma sociedade melhor

Meu professor de sociologia, Magru, acredita que o blog é o princípio da volta do jornalismo argumentativo, ou seja, de opinião. Ele também sempre aconselha seus alunos a criarem blogues e a começarem, desde já, construir textos sobre assuntos que lhes interessem.
Particularmente, concordo com ele. Dizem que o jornalismo já foi totalmente opinativo, e de uns tempos para cá, com a profissionalização, começou a se tornar cada vez mais técnico. Na teoria, se diz que hoje o jornalista é um profissional neutro, isento, possuindo nada mais que o dever de repassar informações sobre fatos para o público, assim sendo apenas um intermediário. Ora, se realmente fosse assim, certamente eu não estaria cursando jornalismo. Mas pensando bem, é assim mesmo, na teoria, porém, na prática é diferente. Magru diz que é impossível o homem ser parcial. A subjetividade está presente em todos os momentos de cada ser humano.
Claro que podemos notar muitos meios de comunicação onde não percebemos argumentos próprios dos jornalistas nas leituras. Mas o simples fato de selecionar as matérias que irão ser publicadas já é feito por interesse próprio de um ou mais profissionais, ou mesmo da empresa. Muito raro algum meio que não possua tendência para um lado que lhe interessa. Também é, provavelmente, impossível algum meio comunicativo publicar todas as informações que o público precisa e todos os pontos de vista de todos os lados.
Acredito no poder do jornalista em obter conhecimento. Tendo em mãos o dever de conhecer a verdade, e o cumprindo, com um certo bom senso ele terá como conseqüencia um grande nível de sabedoria, sendo por certo, um dos cidadãos mais bem instruídos para analisar e buscar os melhores caminhos para uma sociedade, com o papel de se informar, investigar, analisar para então informar, denunciar e guiar, sempre se considerando, claro, parte da sociedade e ajudado por ela.
Assim, penso que o jornalista deve ser parcial, porém sério e correto. Que ele deve tender sempre para o lado mais justo, visando a democracia e ao mesmo tempo realizando um trabalho pluralista, ou seja, deixando em observação todos os lados, justamente para a sociedade ter um acompanhamento das análises proporcionadas pelo profissional. Desse modo, o jornalismo pede ajuda a comunidade para que todos entrem num senso comum de instrução, atravéz do estudo de todos os raciocínios.
Concluo que, não basta termos em mente esta idéia, temos que aplicá-la na vida real, neste capitalismo que todos aceitam. Temos que lutar, como for preciso, partindo dos métodos mais pacíficos e corretos, sem desistirmos e sem nos equivocarmos. Temos que despertar a consciência da ética e da moral que reside em cada um de nós. Assim, a idéia de socialismo mudará para os desesperançosos, quando notarem que este nada mais é do que priorizar a sociedade através da democracia e da justiça. Continuaremos com o mais rico e o mais pobre, no entanto, numa desigualdade mínima. Mas o interesse pelo capital não poderá ser priorizado em detrimento dos cidadãos se quisermos realmente uma sociedade melhor.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Eles só implicam pra nos complicar!

Hoje me dispus a refletir um pouco sobre o caso Renan. Ora, este assunto por incrível que pareça está perdurando até hoje na mídia e na política, e por mais comum que seja só vemos enrolação. Até que no começo me atrevi a acompanhar. Logo, percebi que era só perda de tempo, pois não se obtinha nada de concreto sobre o que acontecia. Pelo menos foi possível ver quem eram os senadores tão insensatos. Considero como única virtude do que acompanhei: comprovei, olhando para aqueles velhos e pobres de espírito, o porquê de tanta atrocidade política. No entanto, não olhei só para eles. A grande mídia também foi, por definitivo, condenada por mim quando passei a prestar atenção no que nos explicava sobre o caso. Agora não importa mais. Só prestarei atenção no que for de positivo por um país melhor. Apoiarei as boas negociações do governo. A positividade toma conta, mesmo que tenha que condenar os mal-intencionados. Mas vai ser difícil, pois nossa grande imprensa não destaca o que é de positivo para o Brasil e de maneira geral, não ficamos sabendo o que é relevante para o crescimento da sociedade brasileira. Se continuarmos no negativismo da “roubalheira”, a bola de neve irá só aumentar.

Meses e meses se passaram, e Calheiros foi um escolhido para ser o problema do Brasil. Como houve, sim, outros destaques importantes da mídia como o acidente da TAM, a crise aérea, o julgamento dos 40 “ladrões”, e por aí vai, os quais foram essenciais para polemitizar com intuito principal de desestruturar o governo. Mas o problema de Renan nunca foi deixado e hoje volta a todo vapor, com outras acusações. Por conseqüência o senado está se desmascarando - já era hora - e o povo se indigna.

O problema não é Renan Calheiros. Talvez seja apenas um, entre muitos políticos. A política brasileira foi criada num sistema egoísta, centralizado, e o pior de tudo, covarde. Hoje, político de sucesso vem de família. Visa primeiramente fins financeiros e sabe como fazer, pois o negócio está no sangue. Quem não for dessa laia tem que ser muito esperto para enganar os enganadores, e quem sabe um dia, com muito esforço, chutar os corruptos. Só que disso o povo não pode saber, senão cai nos ouvidos dos inescrupulosos e o plano vai por água abaixo. Cai porque o povo não tem o apoio da grande mídia. Esta que não se safa, pois suas mãos estão em meio ao público, mas sua cabeça está nos fins lucrativos. E para estes fins nada mais do que contar com a política golpista.

Jornalistas hoje são marionetes. Poucos dos que pensam por si próprios, atuam na pequena mídia, onde não existe recursos e apoios suficientes para serem bem vistos na massa.

Aqueles robôs do sistema estão lá, cobrindo o caso Renan, para nos “bem informar”, e o único que conseguimos é pensar mal do senado. Mas e antes, todos pensávamos bem da Casa? Toda essa implicação é novidade? Como se antes não existisse corrupção. Como se antes a mídia não distorcesse, não nos informasse por incompleto, ou não nos confundisse. Como se Calheiros fosse o único culpado. Pensando bem, acusar um político por corrupção não é uma boa fuga para os corruptos? Penso que sim. E para a mídia? É bom para nos entreter e assim não pensarmos concretamente.

Assuntos mais importantes mal são passados pela imprensa. A manifestação dos Sem-Mídia em frente ao prédio da Folha de São Paulo neste último sábado, por exemplo, pouco foi divulgada. A única nota publicada pela grande imprensa foi da própria Folha, porém uma notícia tão mesquinha que seguia de uma matéria “relevante” sobre o caso Renan. E como se não bastasse ser incompleta, foi distorcida. Nem para explicar o porquê do protesto. Engraçado, a mídia não pode falar dela mesma. Seu ar tem que ser puro, mas contamina os opositores da justiça social. Pessoas como Eduardo Guimarães, que organizou o manifesto contra a mídia, não tem espaço para falar. Quando conseguem falar, não são ouvidos. E você escuta? Vai fingir que não ouve? Esperamos que não!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Poesia da liberdade

“As palavras que partem pela força de um ser
São palavras que ficam na gana de viver
Se ocultam pra que não atinjam nosso peito
Pois verdades são os riscos que provocam desrespeito

A história é privilégio, graça de quem vê
Pois futuros são passados, lembranças no rever
Que a Besta não morreu e os chefões estão à solta
Nos cegando e nos mandando, nos vestindo até a roupa

Porém, livre é a consciência que se orgulha do que é seu
De quem sabe que a vontade é a bondade do seu Deus
E gritos são berrados, desabafos libertados
Lutando, unindo gentes, sem temer sermos amados

Para apenas o viver com a beleza da igualdade
Que harmoniza a natureza e só traz felicidade
E os covardes que se escondem vão fazer de miras
A prova que condena as suas próprias mentiras.”
Leonardo N.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Por um jornalismo sério e pluralista

Manifestação que será realizada no dia 15/09, em frente ao prédio da Folha de São Paulo, protesta a favor de um jornalismo pluralista e sério. O Movimento dos Sem-mídia, criado por Eduardo Guimarães, irá se oficializar no dia do manifesto, depois de ser lido o texto abaixo produzido pelo próprio para a empresa Folha de São Paulo. O movimento conta com a participação de aproximadamente 100 pessoas para comparecerem na manifestação e outras centenas que apoiam e assinam o manifesto mesmo que virtualmente de todos os cantos do país. Toda a organização foi produzida no blog do Guimarães http://edu.guim.blog.uol.com.br

Confesso que meu objetivo em publicar este post se espelha na importância de acordarmos - se é que você está dormindo - e lutarmos por um Brasil justo e democrático, o qual não ocorre principalmente pela intervenção da mídia na sociedade que visa primeiramente os interesses econômicos de uma minoria egoísta. A passividade tem que ser abolida, pois os meios de comunicação têm mais poderes que qualquer outra autoridade nomeada, por mais que esteja no topo da liderança social.


Manifesto dos Sem-Mídia
Vivemos um tempo em que a informação se tornou tão vital para o homem que passou a integrar o arcabouço de seus direitos fundamentais. Defender a boa qualidade da informação, pois, é defender um dos mais importantes direitos fundamentais do homem. É por isso que estamos aqui hoje. No transcurso do século XX, novas tecnologias geraram o que se convencionou chamar de mídia, isto é, o conjunto de meios de comunicação em suas variadas manifestações, tais como a secular imprensa escrita, o rádio, o cinema, a televisão e, mais recentemente, a internet. Essa mídia, por suas características intrínsecas e por suas ações extrínsecas, tornou-se componente fundamental da estrutura social, formada que é por meios de comunicação de massa.
Em todas as partes do mundo - mas, sobretudo, em países continentais como o nosso -, quem tem como falar para as massas controla um poder que, vigendo a democracia, equipara-se aos Poderes constituídos da República. E, vez por outra, até os suplanta. Essa realidade pode ser constatada pela simples análise da história de regiões como a América Latina, em que o poder dos meios de comunicação logrou eleger e derrubar governos, aprovar leis ou impedir sua aprovação, bem como moldar costumes e valores das sociedades. Contudo, há fartura de provas de que, freqüentemente, esse descomunal poder não foi usado em benefício da maioria.

Não se nega, de maneira alguma, que as mídias, sobretudo a imprensa escrita, foram bem usadas em momentos-chave da história, como nos estertores da ditadura militar brasileira, quando a pressão (tardia) de parte dessa imprensa ajudou a pôr fim à opressão de nossa sociedade pelo regime dos generais. Todavia, é impossível ignorar que a ditadura foi imposta ao país graças, também, à mesma imprensa que hoje vocifera seus neo pendores democráticos, nascidos depois que sua recusa pretérita de aceitar governos eleitos legitimamente atirou o país naquela ditadura de mais de vinte anos.
O lado perverso da mídia também se deve, por contraditório que possa parecer, à sua natureza privada, uma natureza que também é - ou deveria ser - uma de suas virtudes. Nas mãos do Estado, a mídia seria uma aberração, mas quando é pautada exclusivamente por interesses privados, seu lado obscuro emerge tanto quanto ocorreria na primeira hipótese, pois um poder dessa magnitude acaba sendo usado por diminutos grupos de interesse. Nas duas situações, quem sai perdendo é a coletividade, pois o interesse de poucos acaba se sobrepondo ao de todos.
A submissão da mídia ao poder do dinheiro é um fato, não uma suposição. Os meios de comunicação privados nada mais são do que empresas que visam lucro e, como tais, sujeitam-se a interesses que, em grande parte das vezes, não são os da coletividade, mas os de grandes e poderosos grupos econômicos. Estes, pelo poder que têm de remunerar o “idealismo” que lhes convêm, cada vez mais vão fazendo surgir jornalistas dispostos a produzir o que os patrões requerem, e o que requerem, via de regra, é o mesmo que aqueles grupos econômicos, o que deixa a sociedade desprotegida diante da voracidade daqueles que podem (?) esmagar divergências simplesmente ignorando-as.
É nesse ponto que jornalistas e seus patrões contraem uma união estável com facções políticas e ideológicas que não passam de braços dos interesses da iniciativa privada, dos grandes capitais nacionais e transnacionais, do topo da pirâmide social. E a maioria da sociedade fica órfã, indefesa diante do poder dos de cima de alardearem seus pontos de vista como se falassem em nome de todos.
Agora mesmo, na crise que vive o Senado Federal, vemos os meios de comunicação alardearem uma suposta "indignação nacional" com o presidente daquela Casa. Esses meios dizem que essa indignação é "da opinião pública", apesar de que a maioria dos brasileiros certamente está pouco se lixando para a queda de braço entre o presidente do Congresso e a mídia. Nesse processo, a "indignação" de meia dúzia de barões da mídia é apresentada como se fosse a "da opinião pública".
O poder que a mídia tem - ou pensa que tem - é tão grande, que ela ousa insultar a ampla maioria dos brasileiros, maioria que elegeu o atual governo. A mídia insulta a maioria dizendo que esta tomou a decisão eleitoral que tomou porque é composta por "ignorantes" que se vendem por "bolsas-esmola". Retoma, assim, os fundamentos do voto censitário, que vigeu no alvorecer da República, quando, para votar, o cidadão precisava ter um determinado nível de renda e de instrução. E o pior, é que a teoria midiática para explicar por que a maioria da sociedade não acompanhou a decisão eleitoral dos barões da mídia, esconde a existência de cidadãos como estes que aqui estão, que não pertencem a partidos, não recebem "bolsas-esmola" e que, assim mesmo, não aceitam que a mídia tente paralisar um governo eleito por maioria tão expressiva criando crises depois de crises.

É óbvio que a mídia sempre dirá que suas tendências e pontos de vista coincidem com o melhor interesse do conjunto da sociedade. Dirá isso através da confortável premissa (para os beneficiários preferenciais do status quo vigente) de que as dores que a prevalência dos interesses dos estratos superiores da pirâmide social causa aos estratos inferiores, permitirão a estes, algum dia, ingressarem no jardim das delícias daqueles. É a boa e velha teoria do “bolo” que precisa primeiro crescer para depois ser dividido.

Os meios de comunicação sempre tomaram partido nos embates políticos. Demonizam políticos e partidos que grupos de interesses políticos e econômicos desaprovam e, quando não endeusam, protegem os políticos que aqueles grupos aprovam. Isso está acontecendo hoje em relação ao governo federal e à sua base de apoio parlamentar, por um lado, e em relação à oposição a esse governo e a seus governos estaduais e municipais, por outro. Resumindo: a mídia ataca o governo central em benefício de seus opositores.
Os meios de comunicação se defendem dizendo que atacam o governo central também porque ele nada faz de diferente - ou de melhor - do que fazia a facção política que governava antes, e diz, ainda por cima, que o atual governo produz "mais corrupção". Alguns veículos, mais ousados, acrescentam que os que hoje governam favorecem mais o capital do que seus antecessores. Outros veículos, mais dissimulados, ainda adotam um discurso quase socialista ao criticarem os lucros dos bancos e o cumprimento dos contratos que o governo garante. A mídia chega a fazer crer que apoiaria esse governo se ele fizesse despencar a lucratividade do sistema bancário e se rompesse contratos. Faz isso em contraposição ao que dizia dos políticos que agora estão no poder, porém no tempo em que estavam na oposição, ou seja, dizia que não poderiam chegar ao poder porque, lá chegando, descumpririam contratos e prejudicariam o sistema bancário...
A mídia brasileira garante que é “isenta”, que não é pautada por ideologias ou por interesses privados, e que trata os atuais governantes do país como tratou os anteriores. Não é verdade. Bastaria que nos debruçássemos sobre os jornais da época em que os que hoje se opõem ao governo federal estavam no poder e comparássemos aqueles jornais com os de hoje. Veríamos, então, como é enorme a diferença de tratamento. Nunca a oposição ao governo federal foi tão criticada pela mídia quanto na época em que os que hoje estão no governo, estavam na oposição; nunca o governo foi tão defendido pela mídia quanto era na época em que os que hoje estão na oposição, estavam no governo.
Não é preciso recorrer a registros históricos para comprovar como os pesos e medidas da mídia diferem de acordo com a facção política que ocupa o poder. Basta, por exemplo, comparar a forma como os jornais paulistas cobrem o governo do Estado de São Paulo com a forma como cobrem o governo do país.
A mesma facção política governa São Paulo há mais de uma década. Nesse período, o Estado foi tomado pelo crime organizado. A Saúde pública permanece - ou se consolida - como um verdadeiro caos, apesar das novas tecnologias e da enorme quantidade de recursos que transitam por São Paulo. A Educação pública permanece como uma das piores do país a despeito da pujança econômica paulista. Assim, começaram a eclodir desastres nunca vistos na locomotiva do Brasil que é São Paulo.
Ano passado, uma organização criminosa aterrorizou este Estado. Essa organização nasceu e se fortaleceu dentro dos presídios controlados pelo governo paulista. A Febem, destinada a recuperar jovens criminosos, consolidou-se como escola de crimes, e as prisões para adultos alcançaram o status de faculdades do crime. No início deste ano, uma rua inteira ruiu por causa de uma obra da linha quatro do metrô paulistano, administrado pelo governo paulista. Várias pessoas morreram. Foi apenas mais um entre muitos outros acidentes que ocorreram nas obras do metrô de São Paulo e a mídia não noticia nada disso, o que lhe deixa escandalosamente óbvio o intuito de proteger o grupo político que governa o Estado mais rico da Federação e que se opõe ferozmente ao governo federal.
A mídia exige CPIs para cada suspeita que a oposição levanta sobre o governo federal, mas não diz uma palavra de todos os escândalos envolvendo o governo de São Paulo. Omite-se quanto à violação dos direitos das minorias parlamentares na Assembléia Legislativa paulista, violação perpetrada pelas maiorias governistas, maiorias que nos últimos anos enterraram dezenas de pedidos de investigação do governo paulista, controlado por políticos que estão entre os que mais exigem investigações sobre o governo federal.

Seria possível passar dias escrevendo sobre tudo o que a imprensa paulista deveria cobrar do governo do Estado de São Paulo, mas não cobra. Ler um jornal impresso em São Paulo ou assistir a um telejornal produzido aqui só serve para tomar conhecimento do que faz de ruim - ou do que a mídia diz que faz de ruim - o governo federal. Dificilmente se encontra informações sobre o governo paulista, e críticas, muito menos. O desastre causado pela obra da linha quatro do metrô paulistano, por exemplo, foi coberto pela mídia, mas por pouco tempo - questão de dias. Depois, o assunto desapareceu do noticiário e nunca mais voltou. Dali em diante, a mídia passou a esconder e a impedir qualquer aprofundamento no caso, fazendo com que a sociedade permaneça sem satisfação quase nove meses depois da tragédia. Mas o "caos aéreo" não sai da mídia um só dia já há quase um ano.
Assim é com tudo que diga respeito a políticos e partidos dos quais a imprensa paulista gosta. E o mesmo se reproduz pelo país inteiro. A mídia carioca, a mídia baiana, a mídia gaúcha, as mídias de todas as partes do país fazem o mesmo que a paulista, pois todas são uma só, obedecem aos mesmos interesses, controladas que são por um número ridiculamente pequeno de famílias "tradicionais", por uma oligarquia que domina a comunicação no Brasil desde sempre.
O lado mais perverso desse processo é o de a mídia calar divergências. Cidadãos como estes que assinam este manifesto são tratados pelos grandes meios de comunicação como se não existissem. São os sem-mídia, somos nós que ora manifestamos nosso inconformismo. Muito dificilmente é dado espaço pela mídia para que quem pensa como nós possa criticar o seletivo moralismo midiático ou as facções políticas amigas dos barões da mídia. A quase totalidade dos espaços midiáticos é reservada àqueles que concordam com os grandes meios de comunicação. Jornalistas que ousam discordar, são postos na "geladeira". A mídia impõe uma censura branca ao país. Isso tem que parar.

Claro precisa ficar que os cidadãos que assinam este manifesto não pretendem, de forma alguma, calar a mídia. Os que qualificam qualquer crítica a ela como tentativa de calá-la, agem com má-fé. É o contrário, o que nos move. O que pedimos é que a mídia fale ou escreva muito mais, pois queremos que fale ou escreva tudo o que interessa a todos e não só aquilo que lhe interessa particularmente e àqueles que estão ao seu lado, pois a mídia tem lado, sim, apesar de dizer que não tem, e esse lado não é o de todos e nem, muito menos, o da maioria.
Mais do que um direito, fiscalizar governos, difundir idéias e ideologias, é obrigação da mídia. Assim sendo, os signatários deste manifesto em nada se opõem a que essa mesma mídia critique governo nenhum, facção política nenhuma, ideologia de qualquer espécie. O que nos indigna, o que nos causa engulhos, o que nos afronta a consciência, o que nos usurpa o direito de cidadãos, é a seletividade do moralismo político midiático, é o sufocamento da divergência, é o soterramento ideológico de corações e mentes.
Por tudo isso, os signatários deste manifesto, fartos de uma conduta dos meios de comunicação que viola o próprio Estado de Direito, vieram até a frente desse jornal dizer o que ele e seus congêneres teimam em ignorar. Viemos dizer que existimos, que todos têm direito de ter espaço para seus pontos de vista, pois a mídia privada também se alimenta de recursos públicos, da publicidade oficial, e, assim sendo, tem obrigação de não usar os amplos espaços de que dispõe como se deles proprietária fosse. Seu papel, seu dever é o de reproduzir os diversos matizes políticos e ideológicos, de forma que o conjunto da sociedade possa tomar suas decisões de posse de todos os fatos e matizes opinativos.
Em prol desse objetivo, hoje está sendo fundado o Movimento dos Sem-Mídia. Trata-se de um movimento que não está cansado de nada, pois mal começou a lutar pelo direito humano à informação correta, fiel, honesta e plural. Aqui, hoje, começamos a lutar pelo direito de todos os segmentos da sociedade de terem como expor suas razões, opiniões e anseios e de receberem informações em lugar desse monstrengo híbrido - gerado pela promiscuidade entre a notícia e a opinião - que a mídia afirma ser "jornalismo".
São Paulo, 15 de setembro de 2007

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Tiros em Columbine - no país terrorista

“Tiros em Columbine”, mais que um documentário que retrata o fato na escola dos Estados Unidos, onde dois estudantes entraram armados e mataram doze jovens e um professor. O vídeo traz uma matéria de reflexão, na qual é levantada a questão “o que causa tanta violência nos Estado Unidos, principalmente entre os jovens, que não deveriam estar com armas na mão?”. Este país é o, ou pelo menos um dos, mais armados do mundo. Pena que no momento não tenho dados estatísticos sobre o assunto para lhes passar, mas o importante é que isto é fato, visível e lógico.

Tudo é realmente muito estranho, pois os produtores do documentário vão até o Canadá e constatam que lá, mesmo existindo tanto armamento como há nos Estado Unidos, não existe violência descontrolada. Naquele país, nem sequer os moradores trancam a portas de suas casas, pois não sentem medo. Esta revelação indagou o documentarista de “Tiros em Columbine”, o fazendo perguntar sobre isto a todas as pessoas que conversava. É engraçado, pois um povo supostamente inteligente como os EUA, se perdia neste tipo de pergunta. Não davam uma resposta concreta, nem sequer tinham uma opinião interessante sobre o assunto e no final acabavam gaguejando entre as palavras. A verdade é que estão extremamente confusos com o que acontece no próprio país, ou têm idéias e tentam escondê-las. Porém, continuam vivendo, armados, enganados e infelizes. Seus representantes políticos enrolam até terem que dar as costas para a câmera e fugirem sem explicação. Devemos levar em conta algo transparente: os EUA, desde a época que decidiram se tornar independentes são amantes das armas. Julio Verne sabia disso e romanceou a verdade em livros como “Da Terra a Lua”, que mostra a capacidade daquele povo em inventar tecnologia armamentista pela paixão que possuem. Que aperfeiçoavam cada vez mais suas armas e quando estavam em épocas de paz, perturbados tinham que inventar guerra para se orgulhar e fazer correr adrenalina em seus sangues na hora de usar seus canhões. Mesmo que tivessem que se matar dentro do próprio país. Julio Verne também chegou a uma conclusão: viajando para os EUA e observando a personalidade de cada cidadão daquele povo, previu que um dia iriam ser o império global assim como um dia foi Roma no oriente médio. Isto porque estes norte-americanos eram muito espertos e ambiciosos, porém muito rudes e inconseqüentes. Acrescento que também eram muito positivistas.

Agora, podemos observar que Verne tinha razão, os Estado Unidos são um império, querem mandar no planeta, resolver os problemas através de armas, explorar economicamente os povos, mentir e se fazer de santo enquanto foi o país que mais fabricou armamento no mundo, mais vendeu armas e mais financiou guerras e poder para outros países. Criou ditadores espalhados pelo planeta e depois os derrubou os acusando de terroristas insanos, e continuam a fazer isto. Deu golpes de Estado em países que começavam a se democratizar, conscientizar e beneficiar a nação. Iludiu seu povo para incentivá-lo nas guerras em nome do patriotismo, em quanto soldados lutavam com orgulho, mas sem conhecer a razão, sem saber que estavam sendo enganados pelo seu Governo.

Bom, bem que Julio Verne não deixou de palpitar que, depois de serem o império, pelo menos até 2030 os Estado Unidos irão se autodestruir economicamente. O que você vê em relação a isto? O país que impôs o capitalismo selvagem, que destrói povos para dominar, logo irá cair. Suponho que nós, que lutamos contra este império, iremos vencê-lo com ajuda destes próprios. A mídia, que está a par deste capitalismo, pois se beneficia economicamente e é controlada por estes ditadores da vida e da razão dos povos, finge que nada disso existe. Te faz entender que idéias como estas são extremistas e é por isso que quando, verbalmente, falo mal dos EUA (seu governo) e digo que a Rede Globo, por exemplo, deve ser abolida (ou ao menos ser retirado seu direito de concessão de televisão pública), as pessoas me chamam de radical e anti-social. Incrível!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Alegoria da Caverna

A alegoria da caverna, escrito por Platão, é o fundamento da filosofia. O mito é uma metáfora sobre a vida das pessoas.

Os indivíduos estão trancados numa caverna, com o corpo virado para a parede do fundo e são impedidos de virar a cabeça para a entrada. Do lado de fora, existe uma estrada por onde passam pessoas e animais de todos os tipos, que carregam diversos objetos de diversas matérias que existe no mundo. Uma fogueira, no outro lado da estrada, projeta na parede do fundo da caverna sombra de quem passa por ali. Os homens que estão virados para a parede enxergam as sombras e ficam encantados com o que vêem. Mas nem imaginam que é tudo irreal e que o verdadeiro está lá fora. Aliás, nem sabem que existe um mundo atrás deles. Logo, alguém entra na caverna e, sendo muito debochado, mas insistente, convence um dos homens de que há um mundo real lá fora. Este homem, com dificuldade de adaptação, conhece a outra vida, os objetos e as pessoas que estavam sendo projetadas na parede da caverna. Conhece o Sol, fonte da formação das sombras, enfim, todo o inimaginável de antes, quando estava trancado. O homem, então, volta para a caverna e tenta trazer os outros para o lado de fora, mas como, para os prisioneiros a explicação é menos confiável do que eles vêem, acabam rindo do indivíduo que tentava explicar e falam que ele está delirando. Isso porque eles foram impedidos de pensar e por isso o que enxergam é mais concreto do que lhes é explicado. Se o homem, que tenta fazer os outros enxergarem a realidade, forçá-los a saírem da caverna, será odiado e talvez morto.

Bom, toda a idéia se relaciona à filosofia, onde o mundo de fora é a própria e quem sai da caverna é o filósofo. Em nosso mundo, a sociedade em geral está trancada nesta caverna e são poucos os que se libertam. Estão muito apegadas as coisas materiais e não conseguem perceber qual é a essência da vida. O pior é que, controladas pelo comodismo, não têm sequer interesse em conhecer esta filosofia. Mas para tudo isso existe alguém, ou algo, que projeta as imagens que a sociedade vê e se depende, mas não toma consciência de que estas imagens são representações limitadas, incompletas e até mesmo distorcidas de um mundo real que está lá fora.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Um outro conceito sobre a Venezuela

Eduardo Guimarães é empresário e esteve na Venezuela neste mês de Agosto à trabalho. Aproveitando a viagem, conversou com todo tipo de cidadão venezuelano sobre a política atual no país, de qual é a visão de cada um em relação ao governo de Hugo Chavez e como está a situação econômica e social de todos eles.
A cada experiência vivida e cada conversa reveladora, Eduardo escrevia já no mesmo dia do acontecido, postando no seu blog e refletindo diversas vezes sobre a real situação daquele país, o qual só pode ser criticado ou admirado por quem realmente o conhece bem por experiência própria, mesclado com um certo interesse, conhecimento e raciocínio lógico sobre a história política da América Latina.
Deixo o link abaixo para que vocês entrem no meu antigo blog e leiam os textos na sequência correta, para quem não teve a chance de acompanhar a experiência do nosso remetente. Pois, o interessante é conhecer uma versão diferente daquela que nossa grande imprensa nos transmite, se é que ela nos transmite algum informativo relevante, nos passando situações completas e verdadeiras de um governo socialista fora dos interesses econômicos e exploradores das grandes empresas que geram consumismo cego. Prefiro acreditar em alguém que está lá se preocupando em passar informações verdadeiras e reflexivas, até para esclarecer uma dúvida própria, do que em jornalistas que querem apenas nos dar notícias secas e dizer que fazem seu trabalho.
Reconheço a importância da representação da viagem de Eduardo e da divulgação em outros blogs, para que conceitos já formados, ou sendo formados, sobre países vizinhos e parceiros, sejam melhor analisados.
Segue o link do meu antigo blog, onde estão os textos: http://leomiojo.blogspot.com

O blog do Eduardo Guimarães é http://edu.guim.blog.uol.com.br/ - recomendo.

Sem fronteiras

Para você ter uma idéia, exatamente neste momento estou tomando chimarrão e ouvindo Rap. Nada forçado, só fluido. Não importa o tipo de cultura, o que importa para mim é ser bom. Mas claro que o bom é relativo.

Não tomo chimarrão só por que sou gaúcho, mas sim por que gosto e me sinto bem. Mesmo assim tenho muito orgulho desta tradição mas não chego ao ponto de desconsiderar outras.

Não escuto Rap só porque meus melhores amigos curtem e fazem, mas sim porque eu curto. Mas não posso deixar de admitir que há dois anos, foi minha maior influência e por isso hoje admiro e pratico este estilo. Mas sei que as pessoas que dizem não gostar, só falam isto porque não tiveram a oportunidade de viver a cultura.

Também escuto música gaúcha, sertanejo, rock, samba, eletrônica, entre outras. Qualquer estilo cultural possui os bens feitos assim como os males.

Penso que o gosto é relativo, mas isso todos têm que admitir: o rótulo não importa, mas sim o produto! Quem quiser enxergar só uma cultura, tudo bem. Mas não acho certo criticarem aquelas que não conhecem. Melhor então manterem-se calados. Ou partir numa viagem ao conhecimento de outras razões de achar a vida boa, assim, sem fronteiras!

Miojo11/05/07