"A harmonia é a linha de conduta da qual toda ação humana deve proceder" - Confúcio
"A suavidade de todas as coisas anula a dureza de todas as coisas" - Lao Tzu

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Tropa de Elite

O filme Tropa de Elite apresenta uma realidade do Rio de Janeiro, e também de outras partes do Brasil e do mundo. Uma realidade dura, cruel e triste que ataca todos os setores de nossa sociedade. Verdade esta que possui como causadoras comunidades urbanas do centro, grupos de pessoas das classes média e alta, que estão direta ou indiretamente envolvidas com a política e a economia. Outras pessoas que usam da sua riqueza para consumir drogas, assim financiando o tráfico, a violência e a desigualdade. As comunidades suburbanas, favelas que assumem o tráfico no Brasil, que roubam e matam, são apenas conseqüências de um sistema causador de tais atrocidades.
Sendo mais específico, o filme mostra como a polícia militar do Rio de Janeiro se comporta diante do seu dever, que é combater a violência e proteger o cidadão de bem, mas que acaba por se corromper e “negociar” com traficantes, e obter recursos financeiros através de corrupção. Porém, para isto existe também uma causa: muitos profissionais da polícia não são devidamente capacitados e não são bem pagos para que trabalhem com seriedade e dignidade. Os que se preocupam com justiça, não progridem e acabam tendo que entrar no sistema inescrupuloso da PM. Muitas vezes, os que tentam trabalhar dignamente, acabam sendo rebaixados.
Já o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) está acima da Polícia Militar, dando conta das operações mais complicadas e que envolvem os grandes “cabeças” do sistema do tráfico de drogas. Seu trabalho é honesto, e só entra para o BOPE quem provar que possui todas as qualidades de um policial justo, digno, forte e sério, passando por um curso que envolve muita violência e abuso, mas que exige muita persistência e caráter. Podemos duvidar de total seriedade desta polícia, porém, senão fosse ela, a Polícia Militar que não seria para combater e amenizar o tráfico que envolve o Rio. Não podemos dizer que estes Policiais Especiais são a solução do problema, mas que os que não deixam o problema se alastrarem. Mas esta é uma imagem passada pelo filme e, apesar de confiarmos nela, devemos ficar alertas para uma realidade diferente.
Tropa de Elite mostra, principalmente, o que acontece nos morros dominados pelos traficantes. José Padilha, seu produtor, após muita pesquisa, demonstra com clareza um “exército” que invade para combater e um “exército” que se move para se defender. Junto a isto, as pessoas inocentes que ficam entre os tiros e os cúmplices que entram sob tortura pelo BOPE para entregar seus “superiores”. Ainda se nota os jovens de classe média que saem de suas vidas seguras para entrar nas favelas em prol de um trabalho social, junto a organizações. Mas, muitas vezes, não reconhecem do que os chefões do tráfico são capazes para manterem seu sistema nos morros. Outros jovens se entregam para o vício, consomem drogas achando bonito, fazem amizade com os traficantes (que respeitam quem os respeita), e acabam comercializando drogas escondidos quando percebem que gera muito dinheiro. O interessante, porém absurdo, é que estes jovens, financiando e ajudando o tráfico, vão ainda participar de passeatas contra a violência, clamando pela paz.
Enfim, o filme Tropa de Elite apresenta com clareza estes fatos ilícitos que acontecem no Rio de Janeiro e certamente em outras partes do Brasil e do mundo. Podemos ver esta realidade até na linguagem expressa pelo filme. Todas estas atrocidades a maioria das pessoas já conheciam, mas o filme nos lembra e nos desperta com sua franqueza perante os fatos que nem sempre são pautados, enfatizados, investigados e denunciados pela mídia brasileira.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Algumas idéias

Devemos renunciar ao desenvolvimento tecnológico e científico?
Como Mario Sérgio Cunha Alencastro e Ademar Heemann disseram em seu texto A Emergência de uma Ética da Sobrevivência Planetária, “o desenvolvimento técnico e científico abriu possibilidades para um melhor conhecimento da natureza e melhores condições de vida humana...”.
Então, não há dúvidas que este desenvolvimento não deve ser renunciado pelo ser humano. Ao contrário, devemos aperfeiçoá-lo ainda mais. Sem tecnologia o ser humano não sobrevive e não evolui. A ciência é a arte que nos permite conhecer o meio em que vivemos e dominando-a poderemos nos proporcionar boas condições de vida, assim como fizemos até hoje.
O problema é que, junto com esta evolução para o bem estar, inconscientemente proporcionamos, provavelmente em maior escala, uma trágica evolução que afeta a natureza em todos os seus aspectos e nos desvia do bem estar físico e espiritual.
Por isso, mais do que nunca devemos priorizar a ética ambiental, ou seja, pensar e projetar estruturas tecnológicas que não afetam radicalmente o ecossistema.
Indo mais além, devemos, principalmente, dar importância em usar das nossas habilidades e de nossa tecnologia para uma preservação e regeneração ambiental.
Assim, necessitamos, a partir da racionalidade e do espiritualismo humano, educar uma sociedade que será a base para que tais idéias de preservação e regeneração entrem em vigor intensivamente em todo o planeta. Devemos conciliar a ética da vida com a ciência e a tecnologia.
"NÃO FAÇA AOS OUTROS O QUE NÃO QUERES QUE TE FAÇAM"
A natureza é a vida em suas mais diversas formas. Os metais, os vegetais, os animais e outros tantos elementos naturais que existem neste planeta possuem vida.
Toda matéria possui uma Essência, um espírito em determinado nível de evolução.
Por mais que não sintam dor e/ou que não pensem, agem instintivamente por conta de uma força não visível, que está ligada as Leis da Natureza.
Podemos notar isto quando observamos um pássaro buscando alimento para dar a seus filhotes.
Também quando passamos saber e raciocinar que tudo o que comemos é transformado em energia para o corpo, ou seja, na digestão são ocorridas transformações de energias entre os elementos dos quais somos constituídos.
Então, cada ser vivo possui sua função em relação a outro ser vivo, todos dependem de todos para sobreviverem (e isto vai de minerais até o homem).
Em tal ligação entre todos os elementos naturais que constituem o ambiente em que vivemos, inclusive nosso próprio corpo humano, acabamos sendo medíocres ao desprezar a importância de um animal ou um vegetal para nossas vidas.
O respeito é fundamental para vivermos em harmonia e a natureza só funciona corretamente se estivermos em comunhão com ela.
Então, da mesma maneira que cada um de nós não quer sofrer interferência em nossa vida enquanto ela funciona muito bem, a natureza (meio ambiente, animais e vegetais) não quer, também, sofrer interferência enquanto funciona com perfeição sob suas leis.
Afinal, ela possui energias das quais dependemos; e estas energias trabalham e evoluem para manter o ciclo da vida do bem comum no planeta.
Assim, devemos ter o compromisso de respeitar e compreender os seres vivos, dar o amor incondicional da mesma maneira que queremos receber para nosso bem estar, pois somos parte da natureza e necessitamos de um ambiente limpo e saudável para nossa sobrevivência.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cadê a democracia?

Temos notado a luta que muitos políticos estão tendo para propor o direito de um terceiro mandato ao presidente da República. Por outro lado, podemos ver também a intensa luta para não deixar isto acontecer, nem se quer deixar as propostas virem a ser discutidas.
Depois falam em democracia. Mas o que é democracia? Cabe a reflexão para cada leitor.
Vou deixar claro meu ponto de vista.
A tentativa para um terceiro governo do atual presidente da República faz parte de uma boa democracia.
O direito de um presidente se reeleger quantas vezes quiser faz parte de uma ótima democracia.
Se Lula se reeleger, se vencer novamente vai ser por escolha do povo e não por escolha dele próprio. Ele deve, sim, ter o direito de tentar um terceiro governo, e muitos outros futuramente. Se o povo não quiser, é só não votar nele. Se o governo está indo bem, o povo tem o direito de poder reeleger seu atual presidente. Neste caso, cabe ao povo sempre escolher se o governo deve mudar ou não. Querem democracia melhor que isso?
Num país onde há tantos partidos políticos as estratégias para tomar o poder são muitas e perigosas. Só pensam em poder, mas não em autoridade, em liderança. Fazem de tudo para se curvarem da real democracia, e a principal desculpa esfarrapada para isso é que estão “lutando pela democracia do povo”. AHAHAH. Hipócritas covardes!!! E ingênuos ignorantes que caem em suas armadilhas!!!
Os corruptos fazem seus shows de barbaridades e o povo se admira, critica, mas só olha para frente, que é onde está a atração, e não olha para o chão que pisa na sua caminhada pela liberdade. Por isso esta sociedade acaba se espatifando em buracos negros e depois reclama dos problemas que a tem como principal causadora.
Vamos olhar para o chão, pois é onde as armadilhas estão sendo construídas pelos corruptos.
O atual governo deve, sim, possuir o direito de quantos mandatos quiser ter, desde que mereça. E se merecer, o povo que é quem vai confirmar!!!

sábado, 3 de novembro de 2007

A Sabedoria de Sócrates

Uma certa vez, um deus disse a Sócrates que ele era o homem mais sábio dos sábios. Mas Sócrates quiz saber porque o deus havia dito que ele era mais sábio daqueles que se diziam ser.

Quando conversou com um sábio, viu que o mesmo só suponha ser sábio, mas não é, pois pensa que sabe, mas não sabe nada, enquanto Sócrates, mesmo sabendo tão pouco, sabia que não sabia de nada.

Aí que percebeu sua grande sabedoria, algo que os ‘sábios’ não sabiam.

Reconhecer que não sabe é a base para começar a saber a verdade.

Passou a refletir isto com a mocidade, gente com a mente mais pura e aberta do que os já corrompidos pelo ego. Os jovens entendiam, admiravam e percebiam essas falsas sensações nos outros. Tentavam imitar Sócrates, conversando com eles e tentando fazê-los perceber o princípio de seus erros.

Mas eles não entendiam, nem tentavam entender e Sócrates foi ainda mais odiado, acusado de fazer lavagem cerebral nesta mocidade e, de certo, acusado de ser louco e ignorante.