Quem somos na verdade? A verdade existe? Bom, a realidade
está aí. O cidadão comum anda pelas ruas de olhos abertos, mas será que sua
mente está aberta? Não se trata de respeitar as diferenças ou considerar
possibilidades, é mais que isso. Não se trata de possuir uma visão mais ampla
sobre as coisas, é bem mais que isso. É esvaziar-se de todo o universo e
preencher-se de todo universo. É estar livre de qualquer conceito.
O que vemos é uma realidade fundamentada em vaidade e em
prazer. Hoje o prazer se busca sem um alicerce cravado no respeito, na
dignidade, na honra e no amor. O respeito pelo próprio corpo é respeitar a
própria vida. Ser digno é valorizar a vida. Ter honra é agir sem corromper-se.
Ter amor é fazer o que é preciso preservando a vida (vitalidade, Chi, Ki,
Deus).
Vivemos numa era em que a mente domina o espírito e este se
dispersa. Deve-se dominar a mente pelo espírito (vontade suprema) para se ter
poder e felicidade. O espírito é o que somos, nossa força, nosso poder, está
além de conceitos e hipóteses. Ele é simples mas soberano. Basta olhar para
dentro do próprio coração/sensações e perceber o que ele diz. Que tipo de vida se
quer? Que tipo de conhecimento se quer? Que tipo de prazer? Que tipo de
felicidade, de capacidades?
O coração pode dizer como buscar e encontrar isso tudo. Se
ainda não encontramos é porque não perguntamos. A resposta está na pergunta,
porque quando perguntamos o universo se move. Então podemos intuir e experimentar.
A experiência se dá dentro e fora, no perceber/lembrar e no agir.