"A harmonia é a linha de conduta da qual toda ação humana deve proceder" - Confúcio
"A suavidade de todas as coisas anula a dureza de todas as coisas" - Lao Tzu

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Olhando para o coração


Quem somos na verdade? A verdade existe? Bom, a realidade está aí. O cidadão comum anda pelas ruas de olhos abertos, mas será que sua mente está aberta? Não se trata de respeitar as diferenças ou considerar possibilidades, é mais que isso. Não se trata de possuir uma visão mais ampla sobre as coisas, é bem mais que isso. É esvaziar-se de todo o universo e preencher-se de todo universo. É estar livre de qualquer conceito.

O que vemos é uma realidade fundamentada em vaidade e em prazer. Hoje o prazer se busca sem um alicerce cravado no respeito, na dignidade, na honra e no amor. O respeito pelo próprio corpo é respeitar a própria vida. Ser digno é valorizar a vida. Ter honra é agir sem corromper-se. Ter amor é fazer o que é preciso preservando a vida (vitalidade, Chi, Ki, Deus).

Vivemos numa era em que a mente domina o espírito e este se dispersa. Deve-se dominar a mente pelo espírito (vontade suprema) para se ter poder e felicidade. O espírito é o que somos, nossa força, nosso poder, está além de conceitos e hipóteses. Ele é simples mas soberano. Basta olhar para dentro do próprio coração/sensações e perceber o que ele diz. Que tipo de vida se quer? Que tipo de conhecimento se quer? Que tipo de prazer? Que tipo de felicidade, de capacidades?

O coração pode dizer como buscar e encontrar isso tudo. Se ainda não encontramos é porque não perguntamos. A resposta está na pergunta, porque quando perguntamos o universo se move. Então podemos intuir e experimentar. A experiência se dá dentro e fora, no perceber/lembrar e no agir. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

O que é a verdade?

O que é a verdade? Quem queira uma explicação lógica está longe de obter a resposta. Verdade e mentira, certo e errado são apenas extremos, dois lados de uma mesma parede. No mundo dos conceitos pode haver diversas explicações e todas elas parecerão lógicas e sensatas. Para uma pessoa algo faz muito sentido, mas para outra a mesma coisa pode lhe parecer um absurdo. Mas o fato é que para qualquer teoria há quem lhe corresponde, pois quando a mente se encontra em um quarto ela não enxerga além das paredes para tomar consciência da casa inteira. Esse é o labirinto em que a mente se perde, e quando entra em conflito com o coração muda de quarto, e depois para outro, pois o coração diz que falta algo naquele lugar, mas a mente não deixa que a casa inteira seja vista como um todo para que possa ser compreendida.

Isto é apenas mais uma teoria? Claro que sim, a não ser que isso seja comprovado no coração. Ops, outra teoria: a de que o coração, ou intuição, exista e seja fonte da verdade. Então sejamos mais simples e objetivos. Se um mundaréu de pensamentos não chega a um acordo ou resposta, por que não experimentar o silêncio, o não pensar?
Muitos possuem a dificuldade de entender qual é a verdade da vida. Mas se deixarem de pensar no quarto, e também no quarto ao lado, e também na casa inteira, tudo isso deixa de existir e o que sobra? Imaginando que a vida não existe, que há somente um vácuo eterno, ainda assim se conseguiria ter excluído a si mesmo nesse vácuo? Esse é o Tao, o que existe antes de existir. Todo o resto é manifestação, Yin e Yang, feminino e masculino, um experimento científico do Tao. O Tao se encontra dentro de cada um, é a verdade que não se fala e não se explica. Uma chispa do criador dentro do próprio criado pronto para experimentar a vida e criar e expandir ainda mais.
Tudo isso não poderia ter sido inventado se para compreender basta uma simples imaginação dentro de um momento de passividade da mente.
Até mesmo uma criança por simples espontaneidade pode querer tentar imaginar como seria se nada, ninguém e nem a vida existisse. E no meio do nada não poderia deixar de notar sua própria e única presença.
A verdade se quiser saber se existe e qual é, procura-se dentro de si.
A mente é uma ferramenta para acessar referências e se focar numa direção, mas não pode chegar a uma conclusão da verdade da vida e do que somos.
O único que pode chegar a uma conclusão é aquilo que já é a própria resposta. E então a casa toda pode ser vista e também o que há fora dela e antes dela existir. Aponte para si mesmo e veja aonde o dedo foi parar: esse é o seu centro, o centro do universo e portanto a fonte do ser e do saber.